sexta-feira, 13 de março de 2009

Amor - Tribalista Carcaça Urbana


Li algures que Tolo Amor é uma velha sentada em seu jardim a espera do principe encantado… ééééé, como se príncipes tivessem qualquer encanto e, encantados, despencassem dos galhos das árvores como frutos maduros.
Ora, todo amor é tolo como é tolo o velho senhor teimoso e de olhos secos que insiste em buscar no horizonte nobrezas que escritores romanticos inventaram outrora - á falta do que mais fazer, inventar e lembrar amor.
Amor é tribalista, é feio, tem cara de vício, tem cara de bicho, é sujo, tem cheiro de mijo - o amor é isso.
O Amor é confusão, é mistura de bolo de pobre… é com fusão, faz fusão … é lavagem. Lava, lava, leva.. leva, tira.. Tira o senso crítico, a auto critica, o senso do ridiculo.
O amor é o sujeito que resolveu entrar sem ter como sair em uma relação de ausências, carências, absitinências, rejeição, dor, dominação, pesadelos, tortura, danação, maldição para depois, enfim, cantar a canção do Legião Urbana: “Já que você não está aqui o que posso fazer é cuidar de mim…”
Burro morre por amor de homem - li a noticia na capa da revista… e homens burros matam por amor nas paginas policiais, violentos, loucos, obsessivos, explícitos, ciumentos, burros, animais.
O amor é cego, necessitado. Vive nos becos, nas favelas, nos pátios, nos galpões, nos banheiros, nos reservados, nas rodoviárias, nas janelas, nas favelas, deles, delas.
O amor são flores, recados, mensagens, vem, vai, volta, beija, manda beijos, faz promessas, poemas, poesias, rimas, sonetos, concertos, consertos, sambas, rock, pop, gospel, cospe.
É gozo, gozado, patético, faz pena…Faz pena?!
Enfim.
Voce ama, carcaça?

Vera L Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Favor não utilizar palavras de baixo calão dê apenas seu ponto de vista sobre o assunto. Se for atacado pessoalmente responda a pessoa de maneira apropriada.
Desculpe o transtorno da verificação de palavras, é que ajudará a reduzir os spams