terça-feira, 21 de abril de 2009

Malba Tahan - O "Àrabe"


Malba Tahan - O "Àrabe"

Li que foi criado na Assenbléia Legislativa o Dia Estadual da Imigração Árabe em Goiás; um projeto do deputado Jardel Sebba. A história conta que a migração árabe partiu de São Paulo, subindo por Minas Gerais e, seguindo a rota da estrada de ferro, as primeiras colônias se estabeleceram na região Sul de Goiás, em especial em Catalão. O dia estabelecido para comemorar a nova data oficial é o dia 28 de novembro.
Equanto lia a notícia acima, me lembrei dos contos que lia quando pequena, de autoria do escritor árabe Malba Tahan - meu primeiro “contato” com o Oriente Médio. Só muitos anos depois vim saber quem era o escritor árabe Malba Tahan:
Em seus livros e o que, então, eu tinha conhecimento, era que seu nome era Ali Yezid Izz-Eddin Ibn Salim Hank Malba Tahan, nascido na aldeia de Muzalit, próximo a Meca, a 6 de maio de 1885. Estudou no Cairo-Egito e em Istambul-Turquia. Após a morte de seu pai, recebeu vultosa herança e viajou pela China, Japão, Rússia e Índia, onde aprendeu os costumes e lendas desses povos. Depois disso veio para o Brasil, onde viveu por alguns anos e teve seus livros traduzidos do árabe para o português pelo Professor Breno Alencar Bianco. Daqui seguiu para a Arábia Central, onde morreu em batalha, em 1921, lutando pela liberdade de uma minoria local.
Mas a melhor prova de que Malba Tahan foi um magnífico criador de enredos é a própria biografia de Malba Tahan. Na verdade, esse personagem das areias do deserto nunca existiu.
Foi inventando. Tratava-se apenas do nome fantasia, o pseudônimo sob o qual assinava suas obras o genial professor, educador, pedagogo, escritor e conferencista brasileiro Júlio César de Mello e Souza. Na vida real, Júlio nunca viu uma caravana atravessar um deserto. As areias mais quentes que pisou foram as das praias do Rio de Janeiro, onde nasceu em 6 de maio de 1895. Júlio César era assim, um tipo possuído por incontrolável imaginação.
Precisava apenas inventar um pseudônimo, mas aproveitou a ocasião e criaou um personagem inteiro.
Malba Tahan, em árabe, quer dizer o “Moleiro de Malba”. Malba é um oásis e Tahan, o sobrenome de uma aluna, Maria Zechsuk Tahan. Por deferência do presidente Getúlio Vargas, o professor pode usar o pseudônimo na carteira de identidade.
Malba Tahan foi professor de História, Geografia e Física até dedicar-se à Matemática. Escreveu ao longo de sua vida cerca de 120 livros de matemática e ficção infanto-juvenil. Sua fama como pedagogo se espalhou e ele era convidado para palestras em todo o país. A última foi em Recife, no dia 18 de junho de 1974, quando falou para normalistas sobre a arte de contar histórias. De volta ao hotel, sentiu-se mal e morreu. Porém deixou instruções para seu enterro. Não queria que adotassem luto em sua homenagem. Citando o compositor Noel Rosa, explicou o porquê: “Roupa preta é vaidade/ para quem se veste a rigor/ o meu luto é a saudade/ e a saudade não tem cor”.
Alguns títulos mais relevantes do escritor árabe-brasileiro:
Maktub! - contos
Amor de Beduíno - contos
Lendas do Deserto - contos
Lendas do Oásis - contos
Lendas do Céu e da Terra - contos
O Céu de Allah - contos
Mil Histórias Sem Fim - contos
Novas Lendas Orientais - contos
Salim, o Mágico - romance
Diabruras da Matemática - recreação
O Gato do Sheiq e Outras Lendas
Minha Vida Querida - contos http://www.scribd.com/doc/7093454/Malba-Tahan-Minha-Vida-Querida
O Homem que Calculava - romance http://clicgratis.org/?p=2264
Leia bons livros também aqui: http://www.semlimites.com.br/ciencia/ciencia_cienciashumanas_historia.shtm ou Aqui: http://virtualbooks.terra.com.br

Vera L Silva

As Mulheres Mutiladas


As Mulheres Mutiladas

A Convenção Internacional Sobre os Direitos da Criança, assinada em Setembro de 1990 por dezenas de países, considera a circuncisão feminina um ato de tortura e abuso sexual que viola o direito de toda jovem de desenvolver-se física e psicosexualmente de modo saudável e normal.
Há quatro tipos dessa prática, sendo a remoção da parte superior do clítoris; a remoção completa do clítoris e de parte dos pequenos lábios; a remoção completa do clítoris e dos pequenos e grandes lábios e a suturação dos dois lados da vulva após a remoção do clitóris e dos pequenos e grandes lábios, sendo deixado um orifício pequeno para o fluxo menstrual. A idade da circuncisão pode ser desde os sete dias até quando se dá à luz pela primeira vez.
Na maioria dos casos, é o pai que paga para a realização da “cirurgia”, para que possa casar suas filhas com homens que não “aceitam” mulheres incircuncisas. O processo de mutilação é normalmente feito pelas mulheres mais velhas, de maneira dolorosa e horripilante, executado com instrumentos de corte como faca, tesoura, caco de vidro e navalha de barbear, não esterilizados e raramente com uso de anestesia. A ferida é tratada com cinzas ou lama com as meninas, em seguida, obrigados a sentar em um balde de água gelada. Imediatamente ocorre grave sangramento, e nas mais infelizes, ferimentos a órgãos vizinhos como a uretra e reto; infecção, tétano e até a morte. A maioria delas sofrerão dores durante as relações sexuais, dor crônica e infertilidade.
Muitas razões são dadas para a prática, no entanto, o objetivo principal é manter a mulher em submissão ao homem. A circuncisão impede a mulher de desfrutar do sexo na sua totalidade e sendo assim, terá uma vida sexual de completa resignação. Será mais dócil… dócil como os antigos eunucos… ou os porcos nos chiqueiros.
Seus defensores defendem o ato usando várias razões, como afirmar que ela é indispensável para garantir a fidelidade da mulher - a cada vez que o marido sai em viagem, ele realiza a infibulação na esposa e no seu retorno, ‘rasga’ os pontos; ou que mulheres não mutiladas podem ser consideradas inaptas para o casamento. Os religiosos dizem que mutilação garante a pureza da mulher, já que seus órgãos genitais contribuem negativamente para a sua formação e outros afirmam que ela implica na proteção da castidade e consequente valorização perante a comunidade. Alguns dizem que a prática é um ritual de iniciação de passagem para a idade adulta e, outros, que é uma forma de higiênização físico/espiritual, porque os órgãos genitais femininos exteriores são “sujos”.
Há cerca de 140 milhões de mulheres circuncidadas no mundo e mais três milhões de meninas com idades entre quatro e doze anos passam pelo procedimento a cada ano. Dados da UNICEF dão conta que, tradicionalmente, todas as mulheres da região do Golfo Pérsico foram mutilados e que a prática é comum na Guiné: 99%; Egito: 97%; Mali: 92%; Somália: cerca 90%; Sudão: 90%; Eritréia: 89%; Etiópia: 80% … Segundo a ONU, a mutilação feminina é praticada ainda em incontáveis países, como na Líbia, Moçambique, Angola, Malauí, Iraque, Jordânia, Síria, Argélia, Somália, Djibuti, Etiópia, Sudão, Quênia, Nigéria, Senegal, Gaza, Omã, Gâmbia, Burquina, Faso, Níger, Gana, Guiné Bissau, Guiné, Serra Leoa, Libéria, Togo, Camarões, Tanzânia, Chade, Burundi, Uganda.. sempre com justificativas variadas, como a sustentação da “Moral”, do “Caráter” e da “Seriedade” do “ homem” - ou a obediência à Lei de Deus.
Devido ao crescimento da imigração, em vários países do ocidente a mutilação genital vem acontecendo, como na Bélgica, Dinamarca, Grã-Bretanha, Noruega, Áustria, Suécia, Espanha e Estados Unidos - onde a prática foi proibida. Somente na Suíça vivem cerca de sete mil meninas e mulheres mutiladas.
A batalha contra essa prática ainda é difícil porque, além dela ser defendida como tradição cultural arraigada há séculos, defronta-se também com o medo e a reticência das mulheres. Muitas preferem perder a sexualidade e a vida antes de perder os privilégios concedidos somente àquelas que obedecem a sociedade patriarcal que domina o ambiente em que vivem. Hoje o maior amigo da mutilação da mulher é o silêncio, que reflete a força do tabu e do preconceito. Desde que a prática começou a ser divulgada, 16 países a constituíram como crime.

Vera L. Silva

Homenagem ao Ratzinger

Homenagem ao Ratzinger

Sem Camisinha


Sem Camisinha

Autoridades médicas e políticas ainda esperam que o Bento XVI se retrate da afirmação que fez de que preservativos aumentam a propagação da AIDS, alegando ser esta uma falsa declaração que pode ser devastadora para a saúde pública mundial e que ele distorceu publicamente evidências científicas para promover a doutrina católica com palavras irrealistas e perigosas.
Há cerca de 33 milhões de portadores do vírus no mundo todo, a maioria na África. Não há cura para a doença, que já matou 25 milhões de pessoas em menos de três décadas. Detalhe: meninos não engravidam.

Vera L. Silva

Na Lista da Justiça


Na Lista da Justiça

Levantamento feito pelo Congresso em Foco em 2008 relacionou 145 deputados e senadores com problemas na Justiça, onde respondem a ações como formação de quadrilha, falsidade ideológica, crime ambiental, peculato, crime eleitoral, crime de responsabilida pública, lavagem de dinheiro, estelionato e fraudes, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros. Na Mesa Diretora do Senado, além do Presidente Renan Calheiros, o Vice-presidente Marconi Perillo acumula quatro inquéritos com acusações de crime contra a administração pública, corrupção, prevaricação, tráfico de influência e abuso de autoridade.

Vera L. Silva

Lula e Nobel: Lenda ou Quá?


Lula e Nobel: Lenda ou Quá?

No início de 2003, a revista Época noticiava que o presidente Lula estava entre os candidatos ao Prêmio Nobel da Paz. Dizia que o norueguês Stein Tonnesson, diretor do Instituto Internacional para a Investigação da Paz, teria confirmado sua indicação.
O jornal ‘Le Monde’ antecipava essa indicação, já que, por tradição, a lista oficial dos candidatos nunca é divulgada pelo Instituo Nobel. Tonnesson afirmava ao jornal francês que a vitória de “um político sul-americano que luta contra as desigualdades sociais era muito provável, principalmente se esse político fosse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
A agência de notícias EFE informava que Tonnesson havia dito que Berge Furre, membro do Comitê Nobel da Paz, era um grande admirador do presidente brasileiro.
Seis anos se passaram e eis a notícia surgindo novamente. O jornalista Georges Bourdoukan afirma que, ao se referir a Lula “esse é o cara…Eu adoro esse cara”, o presidente estadunidense, Barack Obama, nada mais fez do que (re) lançar a candidatura do presidente brasileiro ao Nobel da Paz. “Ele é o político mais popular da terra”, disse Obama. Nem completou a frase e os outros presidentes presentes o acompanharam, endossando a sua admiração pelo brasileiro - e a manifestação de carinho foi repercutida em todo o mundo.
O Fome Zero, criado por Lula, foi muito discutido no encontro do G-20 e olimpicamente ignorado pela mídia brasileira. Outra manifestação muito comentada durante o encontro foi a verdade universal dita pelo presidente Lula sobre os responsáveis pelas eternas crises mundiais: os tais “brancos de olhos azuis”. Obama se disse maravilhado com o arrojo do brasileiro, ao descer do trono e manifestar uma verdade que ninguém tinha coragem de dizer.
O que tem Lula e Obama em comum? Além de comandarem dois gigantes, uma crise e uma marolinha, o Discurso:
Obama: “O sonho permanece vivo. Vocês colocaram as mãos no arco da história e escolheram a esperança de um novo dia”.
Lula: “A esperança venceu o medo e hoje eu posso dizer para vocês que o país mudou sem medo de ser feliz”.
Obama tem realmente um belissimo discurso, afinal, ganhou as eleições nos EUA dos “branquelos de olhos azuis”; já Lula, o “metalúrgico semianalfabeto e barbudo”, tem ido muito além das belas palavras. Ele merece o Nobel da Paz? Ou Quá?

Vera L. Silva

O Senado Podre que Merecemos


O Senado Podre que Merecemos

A oposição conseguiu reunir (pela enésima vez?) o número mínimo de 27 assinaturas para a criação da CPI da Corrupção no Senado e, quiçá, terá finalmente sua própria operação ‘Mãos limpas, como na Itália, que extirpou de lá a ladroagem oficial, permitindo ao povo do país respirar tranqüilo, longe de empresários e políticos corruptos que empestavam o país.
Para citar apenas um exemplo, o Ministério Público Federal havia acusado o novo senador recém empossado, Roberto Cavalcanti/PRB, de corrupção ativa, estelionato, formação de quadrilha, uso de documentos falsos e crimes contra a paz pública e corrupção. Cavalcanti era suplente do senador José Maranhão/PMDB, empossado como governador da Paraíba, que perdeu o cargo acusado de corrupção e compra de votos.
Mas notícias do Senado brasileiro lê-se muitas: foi liberado R$ 1,19 milhão no orçamento para ressarcir despesas médicas e odontológicas de 45 ex-senadores e dependentes. Já os senadores em exercício do mandato gastaram juntos R$ 61,35 milhões em 2008.
Apenas com uma terceirizada, o senado pagou mais de 20 milhões para 337 funcionários - a empresa gastou 6 milhões, ou seja, teve 14 milhões de lucro. A empresa, a Ipanema Empresa de Serviços Gerais e Transportes Ltda, é uma das denunciadas pelo Ministério Público Federal por improbidade administrativa, acusada de participar de um esquema de fraudes licitatórias no Legislativo - e enquanto isso o Imposto de Renda do brasileiro cresceu 4,51% nos últimos anos, ao mesmo tempo em que a inflação ficou em 84% no período. Ou seja, o aumento do gasto das famílias com IR foi cinco vezes maior que a correção de preços, o que não foi problema para o diretor-geral do senado, o homem que cuida do cofre, Agaciel Maia, que usou o irmão e deputado João Maia/PR, para ocultar a propriedade de uma casa de 5 milhões de reais e, assim, fugir do Leão. Agaciel entrou no Congresso como datilógrafo no final da década de 70 e foi galgando postos até conseguir que fosse sua a principal assinatura em todos os cheques gastos pela Casa, no valor 2 bilhões e 700 milhões de reais anuais. Denunciado seu diretor, o senado continua na luta para descobrir quantos outros diretores a casa tem: se 42, se 100, se 150, se 181… mas nós, cidadãos brasileiros, devemos ter muita calma nessa hora e esperemos juntos com eles para sabermos - certo?
Até agora, o que se sabe de concreto (talvez) é que hoje trabalham mais de 13 mil pessoas ali, a maioria em cargos de confiança e que ainda querem contratar mais 2.864 pessoas. É que cada um desses cargos pode ser desdobrado em outros, de salários menores. Para entender a matemática da honrosa casa de Leis, leia-se: os ocupantes de vagas comissionadas não são submetidos a concurso público nem precisam apresentar grau de escolaridade. A única exigência é que atendam às expectativas do senador que o contrata e de seu gabinete. As resoluções autorizam, por exemplo, cada um dos gabinetes dos 81 senadores a contratar 88 servidores: 79 comissionados e 9 efetivos. Já os gabinetes extras, dos líderes e dos componentes da Mesa Diretora, podem empregar 92 servidores, 83 de confiança e 9 efetivos. O número de contratados aumenta na presidência do Senado, chegando a 194, 8 do quadro efetivo e 186 de confiança. O primeiro-secretário pode contratar 100 pessoas, 91 comissionados e 9 de confiança. Vale lembrar que quem elegeu esse 81 elementos, digo, senadores, fomos nós e mais ninguém!
Euzinha continuo sonhando acordada em ser contratada algum dia por algum senador como sua Aspone (Assessora de Porra Nenhuma). Mas quem sabe, né, num dia justo?

Vera L. Silva

O Iraque com o Pé e o Sapato e a mídia com a Bunda: é justo!


O Iraque com o Pé e o Sapato e a mídia com a Bunda: é justo!

O jornalista Richard Roth, da CNN, descreveu assim o incidente “da sapatada” em Bush, um dia após o caso: “A mensagem de progresso de Bush foi ofuscada em Bagdá em função da impopularidade dele”. Roth também entrou na questão do “simbolismo da sapatada” na cultura árabe, trazendo ainda uma referência aos homens que bateram com sapatos na estátua de Saddam Hussein quando ela foi retirada em 9 de abril de 2003. Baseando-se nesse artigo da CNN, muitas outras emissoras do mundo ocidental noticiaram a relação da sapatada de Zaidi com as sapatadas na estátua de Saddam Hussein.
Acontece que em momento algum a mídia ocidental explicou que o caso das sapatadas na estátua fez parte de um teatro organizado pelas forças estadunidenses, e pouco tinha a ver com a indignação do povo iraquiano. Como relatou o jornalista David Zucchino, do Los Angeles Times, na edição do jornal de 3 de julho de 2004: “Foi um coronel do Exército dos Estados Unidos, e não um grupo de civis iraquianos alegres, como se imagina pelas imagens da televisão, que decidiu derrubar a estátua. Foi uma divisão do Exército, focado em operações psicológicas, que teve a idéia de fazer parecer que teria sido uma ação espontânea dos iraquianos”. Enfim, tudo foi um teatro armado para dar credibilidade internacional às forças invasoras.
Mesmo ignorando a realidade de que a derrubada da estátua e as sapatadas foram uma encenação, a comparação que marcou os noticiários do Ocidente continuam desonestas. Enquanto Saddam Hussein é claramente descrito como “odiado” por muitos iraquianos pelo “governo opressor” que conduzia, Bush é “impopular” pela falta de “progresso” no Iraque – um termo que é propositalmente deixado em aberto, podendo significar qualquer coisa entre progresso nos serviços básicos do país até a questão da segurança. Em nenhum momento é discutido o papel de Bush na invasão ilegal e ocupação violenta do país, que deixou mais de um milhão de vítimas civis.
Muntadar al-Zaidi foi recentemente julgado culpado por um grupo de juízes e advogados - que não teriam poder algum sem os Estados Unidos, e sentenciado a 3 anos de prisão por “agredir um chefe de Estado em uma visita oficial”. Ao contrário do que a mídia ocidental noticiou dias depois do ocorrido, ele não se mostrou arrependido: “Enquanto Bush falava, eu analisava as “conquistas” dele: mais de um milhão de mortos, mesquitas profanadas e destruídas, violação de nossas mulheres, civis mortos todos os dias. A nação inteira sofre por causa das políticas dele, e ele estava ali, falando com um sorriso na cara, contando piadas ao primeiro-ministro”, disse Zaidi no tribunal, justificando o ataque “em nome das viúvas, órfãos e todos os mortos iraquianos”. Obviamente, as palavras de Zaidi nunca foram transcritas na mídia ocidental.
Seja lá qual for a narrativa, Zaidi como herói ou vilão, fato é que o jornalista é um típico homem iraquiano, honestamente revoltado contra a destruição do Iraque causada pelos Estados Unidos e países aliados. A ação dele foi reduzida a simbologias inúteis no Ocidente, provavelmente porque ele era um combatente iraquiano de um tipo diferente, um tipo que não corresponde aos estereótipos deturpados do mundo ocidental. Ele não era um soldado insurgente, ou um dos chamados “homens-bomba”. Zaidi desafiou não somente Bush e a trágica ocupação do Iraque, mas a percepção da mídia de toda a guerra.
@ Leia o Oriente Médio Vivo

Vera L. Silva

Os “Direitos Humanos” dos EUA


Os “Direitos Humanos” dos EUA

O Relatório Anual dos Direitos Humanos, publicado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América, provocou fortes críticas dos países que foram apontados como “violadores sistemáticos” de direitos humanos durante o ano de 2008. Divulgado em março deste ano, apresenta dados de 194 países e tece severas críticas aos que, de alguma forma, fazem oposição aos interesses da Casa Branca.
Mas vejamos os “direitos humanos” exercidos pelos EUA, no Iraque, por exemplo: Representante da Cruz Vermelha, Florian Westphal acusou que mais de 100 crianças estavam presas em 6 centros de detenção americanos no Iraque. Um relatório da CV afirmava que de 70 a 90% dos iraquianos detidos nessas prisões estavam ali “por engano”. Ou seja, eram inocentes.
Um programa de TV alemão destacou declarações de testemunhas que viram crianças serem torturadas, como o Sgto. Samuel Provance, que disse ter visto oficiais interrogando uma menina de 15 ou 16 anos: “A polícia militar parou de torturá-la apenas quando a jovem se encontrava semi-despida”. Noutro incidente descrito pelo sgto., um jovem de 16 anos foi mergulhado na água, levado ao gelado ar livre e depois jogado na lama”.
Seymour Hersh, repórter da New Yorker, revelou numa convenção universitária ter visto imagens e videotapes que a mídia americana não exibiu. “Com as câmaras ligadas, podíamos ver as crianças ser sodomizadas. O pior de tudo era ouvir seus gritos”. Disse Hersh, que descreveu a prisão como “um lugar replecto de crimes autorizados”.
Denúncias de abusos em Abu Ghraib e noutras prisões americanas foram tornadas públicas desde a aparição do Relatório Geral Taguba, até que relatórios anteriormente vetados foram liberados.
O U.S. News and World Report detalhou um dos 168 anexos num artigo chamado “O Inferno Na Terra”. Nele, o jornal diz que “onde os abusos tomaram parte, os arquivos mostram um caótico e perigoso ambiente criado pela pressão cada vez maior e constante por parte de Washington, para extrair informações dos detentos. Rebeliões, fugas, fuzilamentos, sanitárias deficientes, comida contaminada, surras e humilhações nos prisioneiros… é esse o resumo da vida diária nas prisões rstadunidenses no Iraque”.
As ordens para tratar os prisioneiros dessa forma não foram feitas pelas poucas “maçãs podres”, das quais os EUA fala na grande imprensa. O Brigadeiro Janis Karpinski, ex-comandante da prisão de Abu Ghraib e hoje bode-expiatório dos crimes cometidos ali, revelou memorandos solicitando e autorizando os abusos contra os prisioneiros iraquianos, assinados pelo Secretário de Defesa dos Estados Unidos da América, Donald Rumsfeld, que em 2003 prometeu uma “guerra curta e uma saída rápida do Iraque” - e que já dura 6 anos; , fez mais de 1 milhão de vítimas; csutou aos EUA R$ 2,150 trilhões - e uma crise financeira ao mundo.
William R.Pitt, no jornal português Aguaverde, qustionava desde o ano de 2005 em um editorial:” Nós invadimos um país baseados no falso argumento de que o Iraque estava aliado à Al Qaeda. Invadimos um país baseados numa falsificação de que nele haviam armas de destruição em massa que deveriam ser destruídas. Prometemos liberdade e democracia e, ao contrário, instalamos um brutamontes treinado pela CIA chamado Allawi, que pode ser tudo, menos democrata. Ele criou uma ditadura no Iraque, é acusado de matar guerrilheiros iraquianos com suas próprias mãos. Soldados americanos morreram para que tudo isso fosse concretizado. Matamos milhares de civis inocentes nas ruas das cidades iraquianas; atiramo-los para prisões que são verdadeiros infernos, onde eles são surrados, estuprados e mortos. A verdade foi escondida dos olhos dos cidadãos americanos porque nenhuma imagem dos abusos foi exibida. As imagens estão aí, e mostram o estupro e a tortura de crianças. Mas onde está a imprensa americana? Onde estão as fotografias? Quem são os responsáveis por essa ignomínia? Torturar crianças em nome da Paz - foi nisso que nos tornamos?” - pergunta, e eu respondo: Foi.
Foi, porque os EUA não desistem. Em seu Relatório, acusa de violações das liberdades individuais países como Cuba, Venezuela, China, Egito, Irã, Sri Lanka, Zimbábue, Armênia, Mauritânia, República Democrática do Congo, Chile e Bolívia, entre outros, mas se cala sobre Guantánamo, Abu Ghraib e Bagram; sobre a invasão ilegal do Iraque; sobre os bombardeios diários contra civis no Afeganistão e sobre o fornecimento de armas ilegais para Israel testar contra o povo palestino em Gaza, por exemplo.
Em seu relatório, os amigos são parabenizados e os “inimigos” são denunciados. Em resposta à ele, disse o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Hassan Qashqavi: “Os Estados Unidos, que são um dos principais violadores dos direitos humanos no mundo, não estão em posição de comentar nada sobre Direitos Humanos.” De fato, não estão.

Vera L. Silva

A Parteira e o Presidente


A Parteira e o Presidente

Edson Democh é catalano, neto de avôs paternos e maternos vindos da Síria, criador da Fundação Cultural de Catalão, Odontólogo, Historiador e Escritor e hoje nos presenteou com este texto inédito que estará nas páginas de seu próximo livro, a ser lançado em breve.
A PARTEIRA E O PRESIDENTE
Estava eu, procurando material para compor o meu livro 1810, quando encontrei dezenas de histórias orais. Algumas podem não ser importantes para a história, mas são para o folclore e até para a comicidade. A que narro é talvez a mais bizarra e também a mais dramática. O cenário para a mesma são as cidades de Vila Boa e a recém criada Catalão e nos foi contada por uma das descendentes do então Presidente da Província de Goiás, Sr. Francisco Januario da Gama Cerqueira, que governou Goiás nos anos de 1857 a l860. Foi ele que assinou o decreto de elevação de Vila à Cidade de Catalão.
Logo após o decreto que deu à Catalão a condição de cidade, o então Presidente da Província de Goiás, sabedor de todas as dificuldades e situações da nova cidade, quis fazer uma visita de cortesia a antiga Vila do Catalão. Tanto lá como em Catalão, haviam pessoas a favor e contra a elevação da Vila em cidade.
O Presidente então reuniu seus auxiliares e acertou com eles como seria feita a visita. O primeiro problema foi como ir a uma cidade com tanta pobreza, com um povo que se vestia muito mal para receber tão altas autoridades. Após algumas discussões, um dos presentes perguntou se o Palácio havia recebido os tecidos, calçados, rendas, lãs e perfumes e outros, vindos das lojas da rua do Ouvidor no Rio de Janeiro e que abasteciam os altos funcionários da administração. Diante dê uma resposta positiva, ficou resolvido que todo o material desde vestiário a alimentação, seria enviado para as pessoas mais ilustres e as que formavam o governo de Catalão, para que os mesmos se apresentassem bem na visita do Presidente. Os materiais foram enviados com antecedência de dois meses, juntamente com costureiras, alfaiates e cozinheiros.
O dia da partida chegara. Tudo estava preparado no dia 8 de Dezembro do ano de N, S. Jesus Cristo de 1859, após a missa em louvor a Nossa Senhora da Conceição (era feriado). Ao som de banda de música, fogos e vivas, o cortejo sai da igreja da Boa Morte. A comitiva era composta de 30 pessoas. As liteiras traziam as principais autoridades e os demais vinham a cavalo. O avanço era lento, devido as chuvas do mês de dezembro.
No terceiro dia de caminhada, ao entardecer, a esposa do Presidente é acometida de uma alta febre. Acamparam-se e durante toda a noite tentaram abrandar aquela febre, mas nada amenizava aquela enfermidade. Resolve então o Presidente retornar a Capital, mas vem logo a pergunta: o que falar para o povo de Catalão, já que tudo estava preparado para a grande festa? Como o Presidente e seu mulher não eram conhecidos fisicamente fora da Capital, resolveram escolher dentro da comitiva uma pessoa com aparência próxima a do chefe da província. Prepararam o cidadão, vestiram-lhe as roupas e botaram em sua cabeça um grande chapéu de feltro preto que escondia todo o seu rosto. Os dias de permanência na cidade foram reduzidos em dois dias para que não se levantasse suspeitas.
A comitiva seguia normalmente para Catalão, enquanto uma outra, já reduzida, voltava para a capital levando a enferma e o seu esposo. Já estavam bem adiante com o falso Presidente, quando perceberam que não tinham providenciado uma mulher para substituir a mulher adoentada. Como não havia nenhuma na comitiva que pudesse substituir a esposa adoentada, mandaram um soldado a frente com a missão de encontrar rapidamente uma mulher na cidade para fazer o papel da outra e que lhe pagasse muito bem pelo silêncio da encomenda.
Não foi difícil encontrar a pessoa. Alguns quilômetros à frente, uma mulher com um embornal debaixo do braço andava apressadamente pela estrada. O soldado, ao se aproximar daquela mulher assustada e chorando diante daquele homem fardado, foi logo se identificando: sou um soldado do Palácio do Conde dos Arcos e preciso dos seus serviços. A mulher, ainda assustada, diz que é uma parteira e tinha ido ajudar uma comadre a dar a luz. O soldado então lhe conta o acontecido e diante de um bom pagamento ela aceita a proposta de substituir a mulher do Presidente e como iria ficar alguns dias fora de casa em razão da sua profissão, ninguém iria notar a sua ausência - e também a sua presença.
Trouxeram a mulher até a comitiva e após as instruções, ela é vestida com o requinte de uma dama do paço e como fizeram com o homem, botoram em sua cabeça uma rica mantilha valenciana que lhe cobria grande parte do rosto.
O dia chegou. O cortejo vindo de Vila Boa entra na cidade, percorrendo as ruas maltratadas lentamente. Algumas ruas onde moravam as pessoas mais importantes estavam discretamente ornamentadas. Fogos, músicas e vivas se ouviam por toda parte. O sino da igreja anunciou quando o cortejo chegou ao local das cerimônias. Após vários e cansativos discursos, o Intendente anunciou que à tardinha haveria os cumprimentos do povo às autoridades visitantes e em particular as mulheres iriam fazer uma bela homenagem com flores à grande dama de Goiás e que também logo após os cumprimentos aconteceria o grande baile.
Não é preciso dizer o espanto causado na comitiva diante daquele aviso. Várias tentativas foram feitas para que aquela cerimônia não acontecesse, mas foi inútil. A noite chegou e as filas para os cumprimentos eram cada vez maiores. Na fila das mulheres o burburinho era maior e uma delas chamava atenção pelo jeito estranho de se movimentar e de se vestir; trazia nas mãos um ramalhete dê flores roxas e uma fita preta amarrando as mesmas. Na cabeça um véu preto cobria-lhe parcialmente o rosto.
Dentro das salas onde acontecia aquela cerimônia, a luz das velas e das candeias era bem fraca para ajudar na farsa. Aquela mulher estranha permanecia calada, mas foi indagada por uma das mulheres soabre as suas roupas escuras naquela festa Ela respondeu que tinha vindo da roça e não teve tempo para fazer uma roupa nova, pois tinha ficado viúva há pouco tempo e então estava usando a sua melhor roupa.
Aquela mulher na verdade era um homem e se chamava Vicente. Ele tinha vindo a morar em Catalão oriundo de Vila Boa depois de um grande atrito familiar entre ele e a mulher do Presidente da Província, pois ele era irmão da mesma por parte de pai, situação que ela sempre negara. Devido as humilhações que ela o fez passar, ele jurou matá-la e aquele momento era ímpar na sua vida para cumprir a promessa.
Debaixo das saias que usava, escondia um punhal, que tirou e escondeu entre as flores. Ao chegar a sua vez de fazer os cumprimentos, ele rapidamente esfrega as flores no peito da mulher e ao mesmo tempo penetra o punhal que estava escondido entre as flores no coração da mesma, matando-a imediatamente.
Quando ele se prepara fugir, o corpo da assassinada cai e na queda a mantilha que cobria o seu rosto o descobre e alguém grita: é a comadre Zefa! Um silêncio se fez. Vicente, tirando a roupa de mulher, viu que tinha matado sua própria esposa e solta um grito: É a minha mulher! Eu sou inocente….. eu sou inocente!

Vera L. Silva

Vá Tomar No Cú!


Vá Tomar No Cú!

http://www.youtube.com/watch?v=hV76KXU1x6g
Parodiando o FODA-SE!, a frase Vá Tomar No Cú é também um fortissimo mantra - e tem poder!
Se você está cheio de problemas, entrar em depressão não vai resolve-los - então abra a boca e sussurre, fale, grite ou urre: Vá Tomar No Cú!
O fato de botar pra fora seu desejo de que aquela pessoa ou situação Vá Tomar No Cú, te livra, na pior das hipóteses, de ter que pagar 130 reais mensais pelo comprimido diário do Prozac que irá garantir sua sanidade mental. O Vá Tomar No Cú te faz um ser humano relaxado - alguns dizem, esculachado, de boca suja, podre, porco nojento, mas… Vá Tomar No Cú!
E eu estou parodiando o Foda-se! porque prefiro o Vá Tomar No Cú!, ou, veja você: Pode parecer que estou brincando, que estou usando de sarcasmo para falar sobre coisas sérias, mas é neste ponto que o Vá Tomar No Cú! tem sua força: na irreverência. Nunca diga Vá Tomar No Cú! com ódio, despeito ou tristeza - antes de tudo ele deve ser repetido com humor.
O Vá Tomar No Cú! é otimo para quem vive se controlando, para estas pessoas que querem ser perfeitinhas, que vivem de aparências. Ou seja, o Vá Tomar No Cú! é um mantra milagroso especialmente para gente que tem medo de se arriscar, de sair do “sistema” . Ah, como é bom quando estas pobres almas dizem pela primeira vez “Vá Tomar No Cú!”!!!! É poderoso porque desdenha de tudo aquilo que imaginamos como certo, as tais regras fixas. Ele liberta qualquer um de qualquer peia, amarra, freio, opressão, feitiço, macumba, reza braba… Quando você se acostumar a dizer Vá Tomar No Cú! para todas as porcarias que carrega, para todos os medos, apegos e obssesões, irá se sentir leve.
Você pode, por exemplo, dar uns conselhos para aquela sua amiga problemática, pedir para que deixe de se entupir de lexotan e fluoxetina todas as vezes que leva um pé na bunda, mas se ela não quiser escuta-la, Vá Tomar No Cú! Sim, meu bem, sua parte já foi feita, se ela não quiser escutar, que pague o preço de suas escolhas.
A crise chegou e a grana tá curta, não está sobrando um puto para pagar as contas? Em vez de entrar em parafuso e ficar cultivando úlcera, apenas diga “Vá Tomar No Cú!, quando tiver grana eu pago!” O que é isto, ser caloteira por culpa dos EUA e em um país onde todo mundo deve até as calças é algo super natural!
O Morzão não tem aparecido, passa a maior parte do tempo com a galera e só te procura para uma bimba rapidinha? Vá Tomar No Cú! Arruma outro e deixa de sofrer por quem só te quer para um sexozinho ocasional e bem ruinzinho, confesse!
Sabe a sua “alma gêmea virtual”, aquele mesmo, que prometeu vir para o Brasil, se casar contigo e te dar filhos e pelo qual voce se apaixonou perdidamente? Pois é. Você caiu na bobagem de procurar o nome dele no Google e encontrou o desgraçado em todos os sites de relacionamentos namorando mil zinhas do Zorpia ao Par Perfeito, passando pelo Facebook, Par Romântico, Match.Com, Planeta Sites, Love Is You, Te Procurando, Ti Voglio, Eres Mia, Romance Ideal…? O FDP te bloqueia, tem mil niks diferentes, diz que te ama e te pede pra “baixar a cam” para se masturbar? Digite em negrito no seu MSN: Vá Tomar No Cú! e adiconone outros, afinal, até a prova do amor de Um em contrário dos demais, eles são todos iguais: punheteiros!
Seu chefe vive te obrigando a fazer hora extra? Vá Tomar No Cú! Manda tudo pro espaço e arruma um emprego melhor, onde não trabalhe feito uma escrava e ganhe uma merda de salário! E quando bater aquele medo de ficar desempregada, basta dizer “Vá Tomar No Cú! Vá vender espeto na praia, CD pirata nas calçadas, levar cachorros para passear e ser livreeeeeee!
Está tudo ruim na sua vida, os cachorros vivem te atacando na rua e os malditos pombos cismam em cagar em sua cabeça? Em vez de ficar nesta de chorar e se julgar uma infeliz (o que não deixa de ser verdade), aprenda a não valorizar tanto suas limitações e diga um lindo e radiante Vá Tomar No Cú! para a maré de azar!
Você é uma destas infelizes que arruma um homem e logo vai achando que ele é tudo em sua vida, que sem ele não conseguiria viver?Argh, que coisa nojenta! Então, olhe bem para ele, imagine-o sentado em uma privada, com um rôlo de papel higiênico nas mãos. E aí, minha filha? Ele ainda continua sendo um Deus para você? Não? Ótimo! Mas se ainda está dificil aceitar que ele é um simples mortal que não te dá o valor que você merece, então diga “Vá Tomar No Cú! Ninguém é tão bom assim para eu idolatrar”. E se ele for embora, Vá Tomar No Cú! Você arruma outro… Mas e se não arrumar outro igual? Vá Tomar No Cú! Você arruma um melhor então, uai.
Se a sua mãe vive te aporrinhando, criticando, azucrinando os ouvidos, dizendo que precisa aprender a viver como uma submissa senão vai ficar solteria pelo resto da vida, diga “Vá Tomar No Cú! Não vou mudar pra agradar ninguém!”
E se o papai vive fazendo chantagem emocional, querendo que siga a carreira dele, mas seu sonho é trabalhar como jornalista, professora, psicóloga ou advogada de porta de cadeia, diga ao papai chantagista Vá Tomar No Cú! É melhor que ele morra de decepção à voce fazer o que não te dá prazer algum.
Pois então. Acaso você está pensando: “Este texto é o FODA-SE!, Oxe!” e por preconceito intelectual vai perder sua segunda oportunidade na vida de se livrar de toda merda que vem carregando nos ombros, se negando a ver como o Vá Tomar No Cú! também pode ser um péssimo mantra para quem deseja te dominar, mas uma maravilha para sua vida? … Porra! Então Foda-se! Vá Tomar No Cú!

Vera L. Silva

Crise = Oportunidade? Em Catalão, Sim


Crise = Oportunidade? Em Catalão, Sim.

Aconteceu no auditório da Associação Comercial e Industrial de Catalão palestra sobre Ciência e Tecnologia no Japão, quando o ministro da Embaixada do Japão no Brasil, Tatsuo Arai, apresentou um perfil do desenvolvimento tecnológico e científico da sociedade japonesa, suas implicações no cotidiano e suas perspectivas para o futuro, bem como sua influência na vida de cidadãos ao redor de todo o planeta e ainda sobre a parceria tecnológica do país com o Brasil, firmada desde o ano de 1985 . Fantásticas - a palestra e a simpatia do Ministro. O fato de afirmar que não tem autoridade para falar oficialmente em nome da Mitsubishi e, portanto, mais investimentos da montadora em Catalão, não diminuiu o otimismo que sua visita trouxe. Entre as autoridades que lotaram o local, vale registrar as presenças do prefeito Velomar Rios; presidente estadual do PMDB, Adib Elias; deputados José Nelto e Adriete Elias e secretário estadual de Ciências e Tecnologia, Joel Braga.
Ao mesmo tempo, a imprensa noticia a transferência de parte da linha de produção da Mitsubishi para a cidade, o que deve dobrar o número de empregos, que hoje é de 1.700 diretos e 4.000 indiretos, com produção diária de 100 veículos. A Mitsubishi produz em Catalão os modelos L200 Sport, L200 Triton, Pajero TR4 e Pajero Sport e considerando uma média de 430 empregos por modelo, podem ser criados mais 1.700 novos outros postos de trabalho diretos até o final do ano, quando mais quatro novos modelos deverão ter entrado na linha de produção.
Além de mão-de-obra qualificada, pesou na decisão da empresa o fato de o Brasil oferecer melhores tarifas para exportação. Conforme publicado no jornal japonês “Nikkei”, a transferência se deve à necessidade de redução do impacto da valorização do iene. Dirigentes lojistas locais afirmam que a cidade está preparada e já se mobilizam para o que chamam de “a nova evolução”. Catalão tem cerca de 90 mil habitantes, tem um comércio pujante e uma das melhores rendas per capita do mundo, maior que a de vários países. A Mitsubishi responde por R$ 1,5 bilhão do Produto Interno Bruto (PIB) do município goiano, administrado por Velomar Rios.
Catalão espera também com grande expectativa receber uma montadora de veículos da Suzuki. A prefeitura, já desde a gestão de Adib Elias, garantiu a doação de 50 alqueires de terra para a Suzuki, e o Estado, mais 15 alqueires, como forma de atrativo, além de incentivos fiscais. O valor do investimento da nova montadora japonesa não é revelado, mas a previsão é de gerar 2 mil empregos diretos e mais 5.000 indiretos até 2010.
E na quarta-feira (15/04) a Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás , a Prefeitura Municipal de Catalão, o Banco do Brasil e o SEBRAE realizam seminário para divulgar as linhas de crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste - FCO. O evento será também na ACIC, a partir das 19 horas. Os técnicos vão oferecer informações sobre o que pode ser financiado, o caminho para obtenção de empréstimo, taxas de juros, formas de pagamento, prazos e outros detalhes. Resumindo, esclarecerão ao micro, mini e pequeno produtor, urbano e rural, como obter financiamento com juros a partir de 4% ao ano; recursos para investimentos com carência de até 3 anos e 12 anos para a quitação; e ainda capital de giro. Podem participar empresários, lideranças políticas e classistas e potenciais empreendedores.
É isso aí! Oportunidades aparecem em momentos de crise @ E se você quer conhecer Catalão, visite este endereço - lembrando que textos e fotos postados lá são criação dos autores deste mesmo Blog - O Estado Anarquista e que a página foi citada como concorrente a premiação na Wikipédia. Caso queira colaborar com informações e atualizações, entre em contato conosco. Agradecemos.: http://pt.wikipedia.org/wiki/Catal%C3%A3o_%28Goi%C3%A1s%29

Vera L. Silva

As Contradições entre a Política de Obama e a Ética


As Contradições entre a Política de Obama e a Ética

Algumas pessoas choram ou arrancam seus cabelos fora se se expressa qualquer opinião de caráter crítico sobre Barak Obama, mas este é feito com decência e respeito. Fato que, acompanhada por sutis e nem sempre sutis dardos que possuem os que têm os meios para divulgá-los e transformá-los em componentes do terror imposto ao povo como meios para sustentar o insustentável.
Qualquer crítica minha não é uma exceção qualificada... que reflita indelicadeza. Mas é necessário, nesta ocasião, colocar algumas questões que o novo presidente dos Estados Unidos deve responder, incluindo muitas que podem ainda ser feitas. Por exemplo, o seguinte:
Renuncia ou não a prerrogativa de, como presidente dos Estados Unidos, fazer o que, com poucas exceções, fizeram seus antecessores na mesma posição como um direito nato normal seu, como ordenar o assassinato políticos estrangeiros e adversários, sempre de um país subdesenvolvido?
Será que algum dos seus muitos parceiros o informam sempre das terríveis ações que presidentes dos EUA, de Eisenhower a seus substitutos, realizaram em 1960, 61, 62, 63, 64, 65, 66 e 67 contra Cuba, incluindo a invasão mercenária da Baía dos Porcos, acompanhada de campanhas de terror e introdução de armas e explosivos abundantes na nossa região... e de outras ações semelhantes?
Não pretendo culpar o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de ações feitas por seus antecessores presidenciais e realizadas quando ele nem havia nascido ou era apenas uma criança de 6 anos nascida no Havaí, de pai e mãe queniano, um muçulmano americano e outro não, um branco e outro negro. Pelo contrário, é isto um excepcional mérito da sociedade dos Estados Unidos e sou o primeiro a reconhecer.
Você sabia, presidente Obama , que nosso país durante décadas foi questionado para concluir a introdução de vírus e bactérias de transporte de pragas e doenças que afetam os seres humanos, animais e plantas, algumas das quais, como o dengue hemorrágico, que mais tarde se tornou flagelo nas vidas de milhares de crianças na América Latina e outras pragas que afetam a economia dos povos do Caribe e do resto do continente, com danos colaterais que não podem ser removidos?
Sabia que estas ações de terror e prejuízos econômicos que envolvem vários países politicamente subordinados da América Latina, agora os envergonham pelos estragos que fizeram? Porque é que o imposto sobre o nosso povo, o único caso no mundo, é tão desorganizado? Que ajustes feitos na lei cubana geram tráfico de seres humanos e custam a vida de milhares de pessoas, principalmente mulheres e crianças? Foi justo para o nosso povo os EUA aplicar um bloqueio econômico que já dura quase 50 anos? Foi correta a arbitrariedade do mundo exigir o caráter extraterritorial de um bloqueio econômico que só pode levar à fome qualquer povo?
Os Estados Unidos não podem satisfazer as suas necessidades básicas sem a grande extração de recursos minerais de muitos países que estão limitados à exportação do mesmo, já que, em muitos casos, sem intermédio de processos de refinação, eles têm que se adequar aos interesses do seu império e têm seus produtos comercializados por grandes empresas de capital Yanques. Seu país não deve renunciar a tais privilégios? Será essa uma medida compatível com seu sistema capitalista desenvolvido?
Quando, Sr. Obama, promete investir somas consideráveis à auto-suficiência em petróleo, apesar do país hoje constituir o maior mercado econômico do mundo, pensa que essa energia provém da exportação e que muitos países a tem como sua única fonte de renda ?
Quando a competição e a luta por mercados e fontes de emprego está cada vez pior após a crise desatada, é correto os melhores e mais eficientes países monopolizar tecnologias sofisticadas como meios de produção? É correto não abrir possibilidades para os países menos desenvolvidos realizarem seu sonho de industrialização? Apenas para fabricar veículos eficientes que incrementem a indústria automotiva, deve-se usar procedimentos contrários á quem afirma proteger a ecologia e a humanidade da crescente deterioração do clima? Pode a filosofia cega de mercado substituir o que só pode promover racionalidade?
Barack Obama, promete imprimir enormes quantias de dinheiro na busca de tecnologias que aumentem a produção de energia, sem a qual as sociedades modernas são paralisantes. Porém as fontes de energia que promete incluir o rápido desenvolvimento de centrais nucleares já tem um grande número de adversários, pelo grande risco de acidentes com conseqüências desastrosas para toda a vida, atmosfera e alimentos. É absolutamente impossível garantir que alguns destes acidentes não ocorrerão. Sem qualquer necessidade disso, catástrofes em indústrias modernas têm acidentalmente contaminados com fumos tóxicos todos os mares do planeta. É correta a promessa de conciliar esses interesses contraditórios e conflitantes sem violar a ética?
Para agradar aos sindicatos que o apoiaram na campanha, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, dominado pelos democratas, lançou o slogan "comprar produtos americanos,"; extremamente protecionista e que perde um princípio fundamental da Organização Mundial do Comércio, uma vez que todas as nações do mundo, grandes ou pequenas, têm os seus sonhos de desenvolvimento baseados na troca de bens e serviços. Por que, no entanto, só o maior e o mais rico tem o privilégio de sobreviver? Republicanos nos Estados Unidos, espancados pelo descrédito que levaram a administração Bush, louco ou preguiçoso, tiveram a sua complacência para se tornar seu aliado. Este é o crédito que os eleitores deram ao novo Presidente dos Estados Unidos?
E eu, como um velho político e um lutador, não cometo nenhum pecado expondo minhas modestas idéias. Eu poderia formular todos os dias perguntas sem respostas fáceis à Barack Obama - a medida que se publicam sobre ele centenas de noticias procedentes das esferas políticas, científicas e tecnológicas e que chegam a qualquer lugar.

Fidel Castro Ruz - ano de 2009

Tradução: Vera L. Silva

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Mariana


Sóis. Que sóis viram uma saudade assim tão imensa do que nem sequer se viveu?
Que luar banhou, em noite fria ou quente, uma tal sensação?
E que palavras há para que lhas possa dizer?
Pois letra não houve ainda, xpqtuxpqtu, que se juntasse e criasse a palavra certa.
Que traduzisse uma calma quase como a que Ele dá-nos.
Que exprimisse a impressão que o vento leva de um milhão de jardins floridos.
Que pudesse demonstrar o que nem aos anjos se permitiu.
Finito. Mas a mais sublime porção que me coube da eternidade.
Nada levarei e tudo me leva, neste instante, à impressão que deu-me os olhos teus: a de um sonho, calmo e bom.
Sonho que me leva ao longe, ao infinito, ao impossível; sonho que me leva a você.
Vóis que sois a inspiração para tudo que é belo, e para o mais apaixonado dos poetas, que soube organizar as palavras e escreveu as mais belas frases de amor.
Eu ignorante, analfabeto, mas por ti inspirado percorro estas linhas com meu lápis e tento transcrever tua beleza e meu amor, que nos meus mais apaixonados sonhos caminham juntos, rumo ao eterno, ao infinito, ao impossível, ao amor, a você.