terça-feira, 21 de abril de 2009
Malba Tahan - O "Àrabe"
Malba Tahan - O "Àrabe"
Li que foi criado na Assenbléia Legislativa o Dia Estadual da Imigração Árabe em Goiás; um projeto do deputado Jardel Sebba. A história conta que a migração árabe partiu de São Paulo, subindo por Minas Gerais e, seguindo a rota da estrada de ferro, as primeiras colônias se estabeleceram na região Sul de Goiás, em especial em Catalão. O dia estabelecido para comemorar a nova data oficial é o dia 28 de novembro.
Equanto lia a notícia acima, me lembrei dos contos que lia quando pequena, de autoria do escritor árabe Malba Tahan - meu primeiro “contato” com o Oriente Médio. Só muitos anos depois vim saber quem era o escritor árabe Malba Tahan:
Em seus livros e o que, então, eu tinha conhecimento, era que seu nome era Ali Yezid Izz-Eddin Ibn Salim Hank Malba Tahan, nascido na aldeia de Muzalit, próximo a Meca, a 6 de maio de 1885. Estudou no Cairo-Egito e em Istambul-Turquia. Após a morte de seu pai, recebeu vultosa herança e viajou pela China, Japão, Rússia e Índia, onde aprendeu os costumes e lendas desses povos. Depois disso veio para o Brasil, onde viveu por alguns anos e teve seus livros traduzidos do árabe para o português pelo Professor Breno Alencar Bianco. Daqui seguiu para a Arábia Central, onde morreu em batalha, em 1921, lutando pela liberdade de uma minoria local.
Mas a melhor prova de que Malba Tahan foi um magnífico criador de enredos é a própria biografia de Malba Tahan. Na verdade, esse personagem das areias do deserto nunca existiu.
Foi inventando. Tratava-se apenas do nome fantasia, o pseudônimo sob o qual assinava suas obras o genial professor, educador, pedagogo, escritor e conferencista brasileiro Júlio César de Mello e Souza. Na vida real, Júlio nunca viu uma caravana atravessar um deserto. As areias mais quentes que pisou foram as das praias do Rio de Janeiro, onde nasceu em 6 de maio de 1895. Júlio César era assim, um tipo possuído por incontrolável imaginação.
Precisava apenas inventar um pseudônimo, mas aproveitou a ocasião e criaou um personagem inteiro.
Malba Tahan, em árabe, quer dizer o “Moleiro de Malba”. Malba é um oásis e Tahan, o sobrenome de uma aluna, Maria Zechsuk Tahan. Por deferência do presidente Getúlio Vargas, o professor pode usar o pseudônimo na carteira de identidade.
Malba Tahan foi professor de História, Geografia e Física até dedicar-se à Matemática. Escreveu ao longo de sua vida cerca de 120 livros de matemática e ficção infanto-juvenil. Sua fama como pedagogo se espalhou e ele era convidado para palestras em todo o país. A última foi em Recife, no dia 18 de junho de 1974, quando falou para normalistas sobre a arte de contar histórias. De volta ao hotel, sentiu-se mal e morreu. Porém deixou instruções para seu enterro. Não queria que adotassem luto em sua homenagem. Citando o compositor Noel Rosa, explicou o porquê: “Roupa preta é vaidade/ para quem se veste a rigor/ o meu luto é a saudade/ e a saudade não tem cor”.
Alguns títulos mais relevantes do escritor árabe-brasileiro:
Maktub! - contos
Amor de Beduíno - contos
Lendas do Deserto - contos
Lendas do Oásis - contos
Lendas do Céu e da Terra - contos
O Céu de Allah - contos
Mil Histórias Sem Fim - contos
Novas Lendas Orientais - contos
Salim, o Mágico - romance
Diabruras da Matemática - recreação
O Gato do Sheiq e Outras Lendas
Minha Vida Querida - contos http://www.scribd.com/doc/7093454/Malba-Tahan-Minha-Vida-Querida
O Homem que Calculava - romance http://clicgratis.org/?p=2264
Leia bons livros também aqui: http://www.semlimites.com.br/ciencia/ciencia_cienciashumanas_historia.shtm ou Aqui: http://virtualbooks.terra.com.br
Vera L Silva
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